Estudo mostra vantagens da rastreabilidade do Hidrogênio Verde por meio de Blockchain

Tecnologia combinada ao padrão de certificação do H2V da CCEE daria maior confiabilidade e segurança às operações desses ativos de energia renovável

Um estudo desenvolvido por estudantes e professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) mostra como o uso de Blockchain para rastrear os dados armazenados de certificados de energia renovável que envolvem a produção de Hidrogênio Verde (H2V) daria maior confiabilidade e segurança às operações desses ativos.

De forma resumida, Blockchain é uma espécie de registro distribuído que utiliza criptografia para garantir a segurança e a integridade de dados. O trabalho, que será apresentado durante o I Seminário Nacional de Hidrogênio Verde (Senahidro), em Brasília, detalha de que forma a rastreabilidade desses dados pode ser feita, combinada ao padrão de certificação do H2V já feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Dessa forma, um REC (Renewable Energy Certificate, que equivale a 1 MWh de energia renovável gerada) poderia ser registrado como token (representação do ativo no sistema) e ter todas as suas operações controladas.

Os pesquisadores destacam que a aplicação do Blockchain no setor elétrico traz inúmeras possibilidades para descentralizar o comércio de energia e potencializar o desenvolvimento de novas soluções, especialmente no caso do hidrogênio verde, que tende a cada vez mais desempenhar um papel estratégico para diversos países.  Como as plataformas de registro como RECs são sistemas centralizados e normalmente comercializados em mercados locais, próprios de cada país, a “tokenização” desses ativos em sistemas de Blockchain é considerada uma alternativa para a criação de um mercado que viabilize a comercialização desses créditos em escala global.

O estudo mostra, ainda, que essa descentralização diminuiria a atuação de autoridades centrais, promovendo a desintermediação de processos e, consequentemente, reduzindo o custo das operações. Essa característica ganha mais relevância ao se considerar toda a cadeia de produção do hidrogênio verde a partir de fontes eólica e solar, uma vez que a eletrólise da água usando fontes renováveis é, em geral, a rota tecnológica mais cara entre as disponíveis no mercado.

Senahidro

O I Seminário Nacional de Hidrogênio Verde (Senahidro) acontecerá nos dias 27 e 28 de maio, em Brasília, e trará trabalhos técnicos selecionados, painéis e palestras de pesquisadores de vários lugares do país. Além do seminário técnico, Senahidro também terá painéis, palestras, debates no Coffee Talks e a I Maratona de Hidrogênio na Transição Energética, que integra o projeto Novas Energias, uma iniciativa para formação de jovens no setor. Serão dois dias de conhecimento e integração entre startups, agentes públicos e privados, universidades, entre outros, mostrando o que há de novo no mercado, as tendências na cadeia de negócios do Hidrogênio Verde.

Atendimento à imprensa – Senahidro:

Rafaella Barros

rafaella.barros@oficina.ci

(21) 99744-6132

Uma resposta

  1. Muito boa a apresentação do Eric Salge, ele conseguiu trazer de forma didática um estudo de caso de block chain a um público composto majoritariamente de administradores, físicos e químicos.

    Até a próxima,
    Juliano Pappalardo

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